sábado, 23 de abril de 2011

Inércia



Não gosto desta temperatura amena que me deixa insegura e respirante.
Viver é mais do que só se movimentar, fisiologicamente, falta neurotransmissores descontroladores da realidade mórbida concomitante com esse estranho e boring 2011.
As tempestades agridem, mas trazem crescimento.
A inércia involuntária é a minha grande inimiga, quero matá-la com um tiro, mas só consigo uma facada por mês na minha câmara de tortura.
Esse temperatura amena me faz sentir desprezo pela capacidade de sentir das pessoas.
Onde estão as explosões cósmicas cataclísmicas?
Quero mais vida!
Quero mais amor!
Quero mais gritos desesperados de prazer!
Eu quero o mundo e ele me quer!
Não quero que meu corpo esqueça suas extravasações, muito menos as explosões ocitocínicas.
Te desafio, mundo! Se movimente para mim, o suficiente para o meu movimento ser o seu!
Laróyè!

Ilustração: Connie Lim

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